STF publica ata de julgamento em que ministros rejeitaram recursos de Bolsonaro por unanimidade
Documento registra o resultado do julgamento no plenário virtual. Acórdão, que traz os votos e demais informações sobre os votos dos ministros, deve ser publicado nos próximos dias.
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STF publica ata do julgamento dos recursos apresentados pela defesa de Bolsonaro e outros seis condenados
Próximos passos
Encerrado o julgamento do recursos do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros seis réus na trama golpista, novos questionamentos contra a condenação podem ser apresentados pelas defesas dos acusados nos próximos dias.
Entre os caminhos possíveis, estão dois recursos:
novos embargos de declaração, com pedidos de mais esclarecimentos de pontos da decisão conjunta;
embargos infringentes, com pedidos para tentar mudar a condenação.
A pena só será cumprida quando não houver mais possibilidade de recurso. A partir daí, os réus passam a cumprir a prisão e outras medidas determinadas pelo STF.
A praxe no STF é que a execução da pena ocorra após os segundos embargos, que podem ser analisados de forma individual pelo relator, ministro Alexandre de Moraes.
Se Moraes considerar que são medidas usadas pelos advogados apenas para atrasar a execução da pena, ele pode determinar prisão imediata dos condenados.
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?Embargos de declaração: são usados para apontar contradições ou trechos confusos na decisão. Se aceitos, podem reduzir ou até cancelar a pena.
?Embargos infringentes: são usados quando há divergência entre os votos dos ministros. No STF, esse recurso só é aceito se pelo menos dois ministros da Turma votarem pela absolvição. No caso do grupo principal envolvido na tentativa de golpe, essa condição não foi cumprida.
Quem são os réus?
Além de Bolsonaro, outros seis condenados entraram com recursos contra a decisão do Supremo.
A exceção é o tenente-coronel Mauro Cid, que fechou um acordo de delação premiada e conseguiu reduzir a pena a dois anos no regime aberto.
Veja quem são os réus que tiveram os recursos negados:
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro.

Fonte: G1/Márcio Falcão, TV Globo — Brasília
Foto: O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão — Foto: Pablo Porciuncula/AFP
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