17
Nov
2025
Morto em confronto com o Choque em Ponta Porã, MS, era responsável por 'disciplinar' membros de facção
Branca de Neve chegou em Mato Grosso do Sul um dia antes de morrer e no momento da operação, estava prestes a deixar o país.
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A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, em uma ação conjunta com a Polícia de São Paulo, desmantelou, na noite de sexta-feira (14), uma célula de uma organização criminosa que operava na região de fronteira com o Paraguai. O confronto, ocorrido em Ponta Porã, resultou na morte de dois suspeitos e na prisão de um terceiro, e destacou a figura de "Branca de Neve", um criminoso de alta periculosidade, como um elo importante na estrutura da facção.
Conforme informações passadas em uma coletiva de imprensa, realizada nesta segunda-feira (17), o homem conhecido como "Branca de Neve", de 46 anos, foi identificado como um dos principais líderes dessa célula criminosa. Ele era foragido da Justiça de São Paulo, com um extenso histórico criminal, incluindo mais de 40 passagens por crimes como roubo, tráfico de drogas, furto qualificado e participação em organização criminosa.
Sua importância dentro da facção era tamanha que ele era responsável por disciplinar membros do grupo, ou seja, era o homem que definia punições e coordenava operações fora dos presídios.
De acordo com a Polícia Militar, Branca de Neve chegou em Mato Grosso do Sul um dia antes de morrer e no momento da operação, estava prestes a deixar o país, o que indicaria uma tentativa de fuga diante da ordem de prisão contra ele. O mandado foi expedido após um processo transitado em julgado em São Paulo, que resultou em sua condenação e posterior fuga.
A operação para prender o criminoso foi planejada pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar, que com o apoio de informações repassadas pela polícia paulista, localizou o esconderijo do foragido em uma chácara bem estruturada em Ponta Porã. O local, utilizado como base pela organização criminosa, possuía uma infraestrutura voltada para o apoio a membros do grupo, com várias edificações, carros e equipamentos, o que demonstrava o grau de organização da facção.
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Ao chegarem ao local, as equipes policiais cercaram a chácara e ao perceberem movimentação iniciaram a tentativa de prisão. Branca de Neve reagiu, abrindo fogo contra os policiais com uma pistola calibre 9mm. Durante o confronto, ele foi alvejado e levado ao Hospital Regional de Ponta Porã, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Simultaneamente, outro criminoso de 48 anos, armado com um revólver calibre .32, também tentou atacar as equipes policiais e foi baleado. Ele foi socorrido, mas também morreu no hospital.
Além de Branca de Neve e seu comparsa, a polícia prendeu um terceiro homem, de 41 anos, que estava envolvido no favorecimento real ao foragido. Ele foi acusado de fornecer abrigo e apoio logístico para que o criminoso se escondesse na chácara e tentasse deixar o país. O suspeito foi encaminhado à Delegacia de Repressão a Crimes de Fronteira (DEFRON), em Dourados, onde prestará esclarecimentos sobre o caso.
Durante a ação, a polícia apreendeu duas armas de fogo ? uma pistola calibre 9mm e um revólver calibre .32 ? além de uma quantia significativa de R$ 13 mil, que foi identificada como parte do "prejuízo" gerado pelas atividades criminosas do grupo. A perícia técnica da Polícia Civil também foi acionada para realizar todos os procedimentos necessários no local.
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Fonte: Top Mídia News/Brenda Souza Meri Oliveira
Foto: Tenente Coronel do Batalhão de Choque da Polícia Militar Rocha / Berlim Caldeirão
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